ABSTRACT
A dissecção axilar completa apresenta elevada morbidade, o que coloca em questão a necessidade de extensos procedimentos cirúrgicos de rotina na axila. Para tumores mamários em estádios iniciais pode-se realizar apenas o estudo do linfonodo sentinela. Nos demais estádios faz-se a dissecção completa dos linfonodos axilares, sendo considerada adequada uma amostragem que contenha dez ou mais desses linfonodos. Este estudo retrospectivo quantifica os linfonodos axilares e correlaciona esse número com dados terapêuticos e variáveis epidemiológicas, verificando a influência desses fatores no número de linfonodos axilares dissecados em cem pacientes com diagnóstico de carcinoma ductal infiltrante na mama submetidos a tratamento cirúrgico com esvaziamento axilar homolateral no Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Santa Casa de São Paulo durante o ano de 2002. Concluiu-se que não há relação entre o número de linfonodos axilares, dissecados ou comprometidos pela neoplasia maligna na mama e faixa etária, grupo étnico, profissão, tempo decorrido para o diagnóstico da doença, cirurgião responsável pelo esvaziamento axilar e estadiamento da doença. Existe relação entre a quantidade de linfonodos axilares dissecados e a de comprometidos pelo carcinoma na mama: para cada dez linfonodos axilares dissecados encontramos um linfonodo comprometido pela neoplasia na mama.